No final de 2007, a Escola Antonieta de Barros – localizada na região central de Florianópolis - foi fechada pelo poder público estadual devido a um problema estrutural em seu prédio, o que fez com que crianças e jovens e também educadores fossem realocados para outras unidades de ensino da cidade. A escola não foi devolvida para a sociedade e hoje é um ‘anexo’ da Secretaria de Estado da Educação (SED). Agora, mais uma escola pública estadual corre o risco de ser fechada: a Escola Silveira de Souza, localizada num bairro nobre da capital catarinense. O que estas duas escolas possuem em comum? São dois prédios tombados pelo patrimônio histórico e que atendem crianças e jovens provenientes, basicamente, das comunidades dos morros da cidade.
No caso da Escola Silveira de Souza, o poder público estadual alega que o Ensino Fundamental será municipalizado e que a escola, atualmente, comporta um número bem pequeno de estudantes, além de seus educadores serem praticamente todos admitidos por contratos temporários (ACTs). Em outras palavras, o poder público argumenta que estas crianças serão enviadas para outras escolas da cidade, sem, no entanto, discutir com a comunidade escolar e com as famílias suas decisões verticalizadas. Quais são as implicações pedagógicas de tal ação? Ora, o fato das crianças e jovens serem conduzidas para outras unidades de ensino representa um impacto formacional muito grande, já que além de perderem a referência de ‘comunidade’, nada garante que estes/as estudantes consigam acompanhar a contento o ritmo de aprendizagem em outras escolas e, o que é mais grave, estão mais suscetíveis à evasão escolar. A questão é: por que não assegurar educadores efetivos nesta escola e fortalecer a qualidade de seu ensino? Será que a melhor solução é ocupar outros espaços educativos como forma de ‘economizar’ gastos com um bem que é público e, portanto, mantido pela sociedade? O poder público também não respeita os códigos culturais específicos de cada unidade de ensino e de cada comunidade, homogeneizando processos de escolarização e desconsiderando suas construções curriculares. Deveriam, efetivamente, investigar o porquê de tantas crianças e jovens estarem fora da escola.
Cada vez que o poder público assume uma atitude arbitrária ou unilateral, está diretamente contribuindo com a vulnerabilidade social, já que ao fechar uma escola pública, por exemplo, está realizando um desserviço à sociedade por não possibilitar que crianças e jovens continuem estudando. Na mesma direção, ao permitir que escolas se aproximem de um estado de inanição (banheiros comprometidos, tetos prestes a desabar, fiação elétrica danificada, merenda sem qualidade nutritiva, quadras de esporte sem condições de uso ou ausência das mesmas, aspecto de ‘abandono’), afasta a comunidade local de um ambiente pouco propício à aprendizagem, gerando indiretamente o absenteísmo docente. Crianças e jovens em situação de risco social são as que mais necessitam de escolarização. E não garantir acesso à escola é crime. Neste caso, crime de Estado!
No caso da Escola Silveira de Souza, o poder público estadual alega que o Ensino Fundamental será municipalizado e que a escola, atualmente, comporta um número bem pequeno de estudantes, além de seus educadores serem praticamente todos admitidos por contratos temporários (ACTs). Em outras palavras, o poder público argumenta que estas crianças serão enviadas para outras escolas da cidade, sem, no entanto, discutir com a comunidade escolar e com as famílias suas decisões verticalizadas. Quais são as implicações pedagógicas de tal ação? Ora, o fato das crianças e jovens serem conduzidas para outras unidades de ensino representa um impacto formacional muito grande, já que além de perderem a referência de ‘comunidade’, nada garante que estes/as estudantes consigam acompanhar a contento o ritmo de aprendizagem em outras escolas e, o que é mais grave, estão mais suscetíveis à evasão escolar. A questão é: por que não assegurar educadores efetivos nesta escola e fortalecer a qualidade de seu ensino? Será que a melhor solução é ocupar outros espaços educativos como forma de ‘economizar’ gastos com um bem que é público e, portanto, mantido pela sociedade? O poder público também não respeita os códigos culturais específicos de cada unidade de ensino e de cada comunidade, homogeneizando processos de escolarização e desconsiderando suas construções curriculares. Deveriam, efetivamente, investigar o porquê de tantas crianças e jovens estarem fora da escola.
Cada vez que o poder público assume uma atitude arbitrária ou unilateral, está diretamente contribuindo com a vulnerabilidade social, já que ao fechar uma escola pública, por exemplo, está realizando um desserviço à sociedade por não possibilitar que crianças e jovens continuem estudando. Na mesma direção, ao permitir que escolas se aproximem de um estado de inanição (banheiros comprometidos, tetos prestes a desabar, fiação elétrica danificada, merenda sem qualidade nutritiva, quadras de esporte sem condições de uso ou ausência das mesmas, aspecto de ‘abandono’), afasta a comunidade local de um ambiente pouco propício à aprendizagem, gerando indiretamente o absenteísmo docente. Crianças e jovens em situação de risco social são as que mais necessitam de escolarização. E não garantir acesso à escola é crime. Neste caso, crime de Estado!
Fechar escolas públicas é a maior das violências!
ResponderExcluirE as crianças? E @s profissionais?
Vamos nos unir pra reverter isso!